Bem amigos, hoje vou falar sobre o uso adequado do crédito. Todo ano é a mesma coisa, passadas as festas, o brasileiro costuma dizer que o ano começa oficialmente, uma das responsabilidades que essa lucidez compulsória traz é a de arcar com os exageros cometidos desde o natal até o reinado de momo. Então vamos começar a falar disso agora, para não cairmos nessa ciranda novamente no ano que vem.
Um levantamento realizado em novembro de 2024 aponta que 41,51% da população adulta do Brasil estava endividada, o que corresponde a 68,62 milhões de pessoas, a princípio esse dado nos dá a sensação de que algo muito perigoso para a economia está acontecendo e que um calote em massa pode abalar a estrutura do nosso sistema financeiro. Isto é certo e errado.
Contrair dívidas pode significar uma forma de alavancagem das finanças pessoais, e quando ela é utilizada corretamente pode nos trazer alguns benefícios.
Vejamos um exemplo prático: suponhamos que você tenha cem mil reais e pretende comprar um imóvel. Ao simular o financiamento com o banco chega a uma prestação de R$860,00*, dando R$30.000,00 de entrada, mas em contrapartida, ao consultar o seu assessor de investimentos consegue uma taxa de remuneração para o seu capital de 1% ao mês, ou seja, para os seus R$70.000,00 receberia R$700,00 por mês. Numa situação como essa, por que razão não financiar? Aplicando o seu capital com o seu assessor, após 20 anos de financiamento teríamos o imóvel pago e ainda mais R$762.478,76** em nossa conta.
Esse exemplo nos mostra como podemos tirar proveito das oportunidades que o mercado nos dá, mas é preciso ter muito cuidado, fazer as contas direito e ser muito disciplinado.
Endividar-se pode ser uma opção para não se descapitalizar e melhor remunerar sua carteira de investimentos, mas antes de usar todo o limite de crédito que possui é vital enquadrar a dívida no seu orçamento.
O maior problema de tomar dinheiro do mercado é a inadimplência. Imprevistos podem acontecer, mas quando se faz um bom planejamento financeiro e se constitui uma reserva de emergência pode-se resolver a situação com alguma facilidade.
O melhor dinheiro para ser usado é sempre o dos outros. Quando se encontra uma taxa que conseguimos superar com os nossos investimentos devemos ponderar a utilização desse capital, mas desde que tenhamos um lastro próprio que garanta a operação.
No mundo inteiro esse expediente é usado e nós devemos usar também. Pense a respeito e nunca deixe de conversar com o seu assessor, ele é sua referência para o assunto.
* Simulação realizada no site da Caixa Econômica Federal em 14/03/2025 (https://www8.caixa.gov.br/siopiinternet-web/simulaOperacaoInternet.do?method=inicializarCasoUso)
** Simulação realizada no portal do Banco Central em 14/03/2025 (https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/calcularValorFuturoCapital.do)
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